quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vício por vício, eu larguei o cigarro.

Volto depois de uma semana fora sem saber como ela está. Com que cara, que cheiro, que clima, que humor ou se sentiu minha falta.

Volto e ganho de presente meia hora de passeio turístico, enquanto esperava autorização para pousar.

O sol se pondo sobre mim. E ela lá embaixo exibindo suas ruas, sua gente, sua orla e um jeitinho manso de cidade em férias.

Me lembrei de quantas vezes pensei em deixá-la. E me questionei porque eu ainda não fiz.

Por causa do vício imaturo por dependência, eu acho.

Ir já valeria só por poder me fazer sentir o prazer de voltar. De me sentir em casa. De me sentir.

E, lá em cima - tomada por uma ansiedade infantil de quem quer deitar na própria cama e sentir seu próprio cheiro impregnado pelos cantos do quarto - me emocionei por estar de volta. Depois de uma semana fora. Com outra cara, outro cheiro, outro clima, outro humor. E com a certeza de que senti mais a falta dela do que ela a minha...


2 comentários:

Anônimo disse...

Se ela sentiu eu não sei, mas sentimos sua falta por aqui.
Abços

Anônimo disse...

Eu ainda não tive a experiência do "voltar". Mas me disseram que o nosso olhar sobre o familiar muda após o afastamento e reaproximação. Não é um vício de todo mal. Beijos!