sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Não! Ñ ! Naum??

Acredito que pelos três últimos textos que escrevi já dar pra notar que eu sou a favor de qualquer forma de cultura. Mas, ainda assim, prefiro começar o post de hoje com um esclarecimento em minha defesa: Não tenho nada contra ao dialeto usado na internet! Confesso que tenho um pouco de aversão ao uso excessivo do “X” - o queridinho das miguxas e miguxos - mas as peculiaridades e preferências lingüísticas de cada um não é problema meu!
Gírias, palavreados, símbolos, excesso de pontuação e abreviações tornam nossa vida muito mais prática. Não precisamos esquentar a cabeça com a formalidade gramatical, se assim desejarmos. Uma escrita menos monitorada e, portanto, mais livre. Poupamos preciosos segundos dos nossos dias pelo simples fato de poder espremer ao máximo as palavras que usamos. Escrever “pq” ao invés de “porque”, “vc” no lugar de “você”, apelar para a fonética e trocar o “QUE” pelo “K”, conseguimos até escrever frases inteiras usando abreviações: “Qse q a gnte naum c flw ontem”. Tudo para tornar nossos textos práticos. Mas se o objetivo é a praticidade, eis que surge minha duvida: Pq diabos escrevemos NAUM?
Raciocina comigo, ao escrevermos “naum” apertamos 4 teclas, não seria muito mais fácil descartar o “~ “ e escrever nao? 1 tecla a menos e é muito mais lógico!
Estou tão viciada ao uso da linguagem da internet que um dia desses liguei a TV na Telecine e podia jurar ter visto a legenda do filme toda abreviada! Minutos depois descobri que minha “ilusão” acontecia todas as terças por volta das 23h, e era chamada de Cyber Movie. Até os responsáveis pela legenda dos filmes estão aderindo ao dialeto dos internautas. Achei estranho, e até um pouco assustador! Fui só eu?
A internet reabilitou a escrita - fato - que estava em desuso entre os jovens, e agora voltou a ser comum, mas desde que perdi bons minutos do meu precioso tempo de vestibular corrigindo os “pq” e os “vc” da minha redação venho prestando atenção ao fenômeno. É fantástico, mas é preciso estabelecer as diferenças. FATO!

;**


Nota:

Gostaria de agradecer a todos que passaram por aqui e deixaram uma palavrinha de incentivo, muito obrigada! Agradeço em especial a Meg, que publicou em seu blog ( Sub Rosa ) uma notinha elogiando e incentivando o Cultura Impura. Fiquei muito feliz! Obrigada Meg!

Assim vai ser fácil manter o blog atualizado!

beijão!

7 comentários:

Unknown disse...

É o que eu sempre falo também. Eu não me importo em como seja, desde que seja feito. As pequenas coisas se tornam trampolins para as maiores e mesmo que existam falhas e falsos começos, eu acredito que o velho clichê de que o caminho é mais importante é a mais pura verdade.

Anônimo disse...

Hehehe Eu tomei o mesmo susto com o tal do Cyber Movie. Achei que tinha algum problema com meus óculos.

silva.fredi disse...

Eu, sinceramente não sou adepto, e não gosto, dessa maneira de comunicação adotada por uma grande parte das pessoas que usam a internet, principalmente os que utilizam comunicadores instantâneos e comunidades variadas. Por mais que possa ser prático e rápido, a forma adotada pode-se tornar um vício, influenciando negativamente o modo como escrevemos. Adoro a comunicação da língua portuguesa, e quando tenho que ler alguma mensagem, mesmo que seja uma conversa sem compromisso, que se utiliza palavras adaptadas ao estilo da Internet, procuro não estender o assunto. Tive experiências em diálogos, onde a conversa se tornou uma espécie de jogo de decifrações.

Aninha Pontes disse...

Lilla, vim lá da Meg.
Muito bom seu post, para fazer as pessoas pensarem.
Eu com toda sinceridade, me sinto incomodada muitas vezes com essa grafia.
Talvez porque sou antiga mesmo, mas de verdade, não gosto de muitas coisas que leio por aí.
Prazer em conhece-la.
Um beijo.

Matheus Antonio da Cunha disse...

Sinceramente, eu não gosto e até condeno o uso da "cyber linguagem". Eu lembro de já há alguns anos atrás, quando o MSN não tinha 1/10 de seus usuários e reinavam comunicadores como mIRC e ICQ, como muitos dos meus amigos, sem perceber, adotavam as abreviações em sua escrita cursiva. Sou de uma área em que as palavras e a linguagem são os únicos instrumentos de trabalho e tento sempre tomar o cuidado de escrever de maneira correta, seja em posts, comentários ou e-mails, pois me preocupo em não adquirir vícios de escrita que cada vez mais contaminam nosso português.

Anônimo disse...

Vim aqui pelo blog da SubRosa... putz! Claro que curti pacas o seu espaço... layout o mais simples possível, mas postagens com ótimo conteúdo. Pow! Vc escreve bem pacas, garota! Parabéns...

Tbm curto essa linguagem internética (embora abomine o miguxês... aff!), e curto os smiles :)

Nunca pensei nessa do "naum"! Interessante... realmente, se a lógica é abreviar (por causa da preguiça), o que leva o sujeito a escrever um bruta palavrão desses, de 4 letras???? hehehehe

Não entendo o internetês...

Abraços o/

Anônimo disse...

A-há!!!!!!
Aí é que está um ótimo ponto para ser analisado.

Eu estou completamente de acordo com vc quanto à liberdade que as pessoas devem ter para se expressar.
Porém há que respeitar os "meios" em que se expressam.
Entretanto, há algo que fica, remanescente, como hábito e é difícil de se deixar.
O caso do NAUM, Lílla é o seguinte, há muito tempo (5 anos em internet é tempo pra dedéu;-) os micros não aceitavam acentos diacríticos, então o *til ~* nem pensar. E para se fazer entender todas as palavras terminadas com ão foram adaptadas para aum.
Refizeram-se todas, agora que os pcs estrangeiros já aceitam acentuação. menos o naum, que ficou como símbolo de uma era.
btw, eu quase caí pra trás com o anúncio do cibermovie

=-=-=
Quanto ao post, não agrdeça o merecido. E como diz o Carlos no post abaixo, escreva, escreva, Lola;-)