terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um masoquismo feminino nada original.

Quando acordei, vi que o celular estava estático do meu lado. Nenhuma ligação perdida. Senti o peito apertado e uma vontadezinha de chorar. Foi o primeiro sinal de que a TPM estava de volta. Em dias assim, preciso prestar muita atenção no que faço, falo, vejo ou escuto. Porque tudo, de repente, começa a ter um poder descontrolado sobre mim. E mesmo sabendo disso, escolhi acordar e escutar Billie Holiday pra me maltratar logo pela manhã. Pra fazer os olhos molharem e os cabelos dos braços arrepiarem. Este foi o segundo sinal do dia. Na certa será uma TPM regada a chocolate, músicas nostálgicas, meia dúzia de comédias românticas ou qualquer outra coisa que quebre a pose de durona e me faça refletir sobre perguntas sem a mínima possibilidade de resposta. Melhor assim. Chorinho recatado, romantismo barato e emoção exagerada. Com tanto problema acontecendo, eu não daria conta de passar por uma TPM “exorcista” que me fizesse vomitar verde, girar a cabeça e gritar que vou comer seu fígado com ervilhas por não ter ligado...

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