"Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar" Caio Fernando Abreu

Então deixe que eu te escreva, mais uma vez, como se fosse a primeira vez. Deixe que eu escreva sobre mim, sobre você, ou sobre qualquer um que tenha vindo antes. Te reconheça em minhas linhas, ainda que seja nas mais tortas delas. Mas te ache. Em vísceras, em letras, em tripas, na alma e nas palavras escondidas em baixo das minhas dobras. Seja como ficção, ou como sentença gramatical eternizada. Mas reconheça-te por aqui. E entenda que há em mim uma necessidade vital de escrever. Não como quem escreve pra existir, mas sim como quem precisa disso pra poder ter a certeza de que vai conseguir resistir.
"Escuta bem, vou repetir no seu ouvido, muitas vezes: a única coisa que posso fazer é escrever, a unica coisa que posso fazer é [te] escrever..." Caio Fernando Abreu
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