terça-feira, 4 de março de 2008

Caloura!

Todo estudante de 1º período carrega grandes expectativas. Expectativas de como será o curso, da nova fase da vida que está começando ou simplesmente de encontrar provas de que fez a escolha certa. Esta é a que mais me apreende já que desde pequena, sempre quis ser jornalista. Estava decidido. Eu queria estudar Jornalismo, e assim seria! Mas não foi.

Até boa parte dos anos do Ensino Médio, acreditei que cursaria Jornalismo. Na verdade nunca tinha me questionado sobre que carreira seguir. Afinal, aos 8 anos quando acabei de ler meu primeiro livro – O pequeno Príncipe – decidi que queria passar minha vida escrevendo histórias. E isto bastava. Comecei a ouvir de meu pai que aquele era um mercado apertado e difícil de um profissional se destacar. Logo, seria difícil enriquecer assim.

Com o tempo meu pai, Chefe Soberano, percebeu que não conseguiria me fazer mudar de idéia. Usou então de toda coercibilidade que seu posto lhe permitia a fim de que eu cursasse Direito, como era de sua vontade. Eu, como boa súdita, assim fiz. Mergulhei no meio dos futuros juizes, advogados e promotores sem nem uma vaga idéia do que significava ser um “tributarista”. Mas, com a esperança de receber uma sansão premial, resolvi levar meus estudos na Faculdade de Direito com o máximo de felicidade, entusiasmo e dedicação que eu puder – ou agüentar.
Mesmo sabendo que não sou nem penso como a maioria de meus colegas, fui tomada de expectativas, de agonia e de êxtase em função do curso de Direito. Realmente é preciso ter paciência, atenção, e gostar de ler para estudar Direito. Mas que o currículo era puxado e as aulas e leituras cansativas eu já sabia. O que não sabia, era que o Direito é dinâmico, que através dele poderei me tornar uma cidadã de base sólida, com conhecimento de meus direitos e meus deveres.
Essas são minhas expectativas. Acompanhar a mudança da sociedade, oferecer propostas e solucionar problemas e ser mediadora de situações de conflito. Já tenho pensado até em me dedicar à pesquisa e à docência. E, claro, na obtenção de graus acadêmicos.

3 comentários:

Matheus Antonio da Cunha disse...

Olá Lívia!
Já tinha achado que tinha desistido do blog! Fico feliz que tenha voltado a postar!
Bem, sou um feliz estudante de Direito, já no quarto ano e, sinceramente, é um curso maravilhoso, especialmente pela amplitude de áreas que abrange, sejam elas sociais, financeiras, tributárias, ambientais, esportivas etc. Todavia, recomendo, para o seu próprio bem, não criar muitas expectativas ou idealizações quanto ao curso, pois você irá se frustrar, como vi acontecer a muitos amigos. Depois de muita teoria e muita prática jurídica, o que aprendi é que nós não nos tornamos melhores ou mais conscientes ao conhecermos as leis, direitos ou deveres, nem mesmo podemos mudar o mundo, mas sim podemos ajudar pessoas. Não fazemos milagres, mas resolvemos alguns problemas, sejam eles simples ou complexos, seja em qualquer ofício - MP, juiz, advogado, procurador etc. O principal para ser um bom profissional nessa área repleta de profissionais ruins é valorizar os problemas e sentimentos de cada pessoa que precisam do Poder Judiciário, pois isso é o que elas mais precisam e sempre é algo importante na vida delas. Bem, falei demais! Se precisar de alguma ajuda, me manda um email! Estou a disposição!

james emanuel de albuquerque disse...

Belo texto.

Tenho um amigo que cursou Direito e Jornalismo em paralelo e deu certo...

(entre pela minha lista de links no "Blog do Zezo", e seja também amiga do dito)

Um abraço.

maiara; disse...

Nossa, está acontecendo exatamente o mesmo comigo!
Sempre quis jornalismo e tenho direito como segunda opção, como escolha pessoal mesmo. Porém como passei em direito primeiro resolvi cursar para ver como era. Acabou que me apaixonei pelo curso, apesar de ainda estar no primeiro período. E no mês passado fiquei sabendo de minha aprovação também em jornalismo. Tentarei conciliar ambos, até porque como você mesmo disse o curso de direito nos conscientiza de tanta coisa que o torna importante para qualquer profissão!

Belo texto colega jurista e jornalista.