domingo, 28 de março de 2010

(des) organização


Sem televisão no quarto e com todos os meus livros lidos e relidos, os dias parecem começar e terminar sempre com uma dose extra de tédio. E tédio é uma coisa engraçada, que nos deixa sem vontade de fazer absolutamente nada, mas que também não deixa a gente quieto. Talvez seja ssa a maior prova da nossa necessidade de um pequeno caos constante. Da minha, pelo menos. Afinal as coisas estão tranqüilas, aconchegantes, monótonas e corriqueiras. Só que esse punhado de horas mansas tem me parecido algo doce, mas um tanto enjoativo. Confesso, de forma egoísta, que parece me faltar alguma coisa mesmo estando tudo bem. Talvez seja a existência, ainda que tímida, de algum caos interno que me impulsione a “por a pena na mão” e escrever todas as reminiscências que me vierem à mente. Não acho bonito, nem certo admitir essa irrefreável tendência ao caos. Mas tudo cansa. E começo a perceber que é preciso, antes de ser feliz, ter capacidade pra ser feliz. Entender que podemos ser felizes sem precisar expor os dentes, que até as pessoas mais felizes carregam tristezas no bolso e que talvez felicidade plena seja um caso mental patológico e completamente avesso a realidade em que o resto do mundo vive. Então, se está tudo bem, eu sorrio. Mas - repito - me falta alguma coisa, porque está tudo bem e eu só rio.

3 comentários:

Unknown disse...

Finalmente ne!!!
Ja tava com saudades do textos.... de voce nem vou comentar....! Ja falei quando estiver entediada me liga! chata! To com saudades...
Beijo

Lilla Monteiro disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Gueixa disse...

Oi Lilla...tem selo pra vpoce la Gueixa.
Bj