segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

In Progress


É preciso escrever.
Chego em casa, o computador me encara. Depois do almoço eu tomo um café, apoiando o queixo com as mãos pensando na saudade que eu sinto de escrever no papel. Me pedem linguística, tradução, literatura, enquanto minha mão escreve sempre o mesmo nome no momento em que toca o papel.
Não me reconheço mais. E me assusto com a quantidade de descrentes.
E depois me lembro que eu mesma sou uma.
Mas não deixo que me estraguem. Resolvi ir contra minha própria personalidade e encarar a realidade que me escancara a porta. Na faculdade me pedem pra escrever. Sou grata. Mas quando é preciso soltar o ar, nos momentos em que eu travo e preciso seguir adiante e continuar a escrever sobre: Lingüística, tradução, literatura, é preciso levar as mãos ao papel e deixar que elas escrevam o mesmo nome inúmeras vezes.
Ai me reconheço. E só assim recomeço de onde parei.